terça-feira, 18 de novembro de 2014

Femen no Vaticano

É o tipo mais boboca de protesto. O que elas esperam, que as velhinhas que estão rezando o terço vão lá agredir elas? Ou talvez os padres? Os policiais tem que fazer o trabalho deles com extremo constrangimento, dá para ver na cara dos coitados a vontade de largar elas lá e ir embora para casa. Na pior das hipóteses (para elas) alguém iria chutar pensando que é macumba.

O efeito é que você vê uma coisa dessa e fica de pau mole por semana. Se uma criança ver isso pode ficar brocha pro resto da vida.

Enfim, não precisa muita coragem, só precisa de uma boa falta de amor próprio. Se elas se amam enfiando um crucifixo no cu, graças a Deus que elas não são cristãs e não praticam o amor ao próximo como a si mesmo. Eu não quero um crucifixo no meu cu!
   


De volta às palavras

Para tornar este post mais igualitário publicaremos a foto de um judeu adorando o Hitler no final.

FASCISTA: Quando a DDR levantou o muro de Berlin, o batizou de muro de proteção anti-fascista. Oras, o Hitler poderia estar morto, no Embu, na Argentina mas nunca na BDR. Aliás, os movimentos neonazistas são especialmente fortes em cidades da ex-DDR, como Erfurt.

Traduzindo, quando alguém acusa o outro de fascista, quem está proferindo a palavra fascista é um comunista. E fascista é simplesmente alguém que não é comunista.


CÂNCER: É aquela doença que ataca fumantes e por isso o governo proíbe o fumo, para nos proteger do câncer. Mas quando os homens homossexuais tem 50% a mais de chance de ter câncer aí o governo não pode fazer nada pois seria homofobia.

Uma sugestão aos fumantes é declarar que vocês não fumam, mas fazem sexo oral com cigarro. Aí rejeitar o cigarro seria tabacofobia. Uns chupam piroca, outros um cigarrinho, quem vai querer se meter com a vida sexual de cada um?

PRECONCEITO: Nenhum adulto normal quer se meter na vida sexual de ninguém. O fato é que o movimento gay nasceu junto com o movimento pela pedofilia. A rejeição (ou o preconceito?) foi tão grande que abandonaram os pedófilos. De fato, preconceito para os homossexuais é uma palavra correta. Mas isso não significa rejeição moral violenta e irracional. Nesse caso estão valorizando o significado da palavra preconceito para se fazerem de vítimas.

A pedofilia ainda é usada como termômetro para ver quão bovina anda a população. Quando a pedofilia deixar de ser uma rejeição moral e passar a ser só um preconceito, então qualquer coisa vai poder passar.

Por falta de um judeu tão burro acabamos publicando a foto do Jean Willys de Che Guevara mesmo.


domingo, 28 de setembro de 2014

Pequeno adendo

Fiz 30 anos a pouco tempo. O que eu diria para mim mesmo com 18 ou 20?

Que as questões morais parecem uma coisa distante e inútil quando somos tão jovens. Só gente que não tem o que fazer que fica perdendo tempo com uma coisa dessa.

Mas a verdade é o que essas questões vão se aproximando do centro da nossa vida. As vezes lentamente, as vezes a galope. É importante ser um homem bom, mas nem sempre é claro o que é ser bom e muito menos fácil ou autoevidente ser bom o tempo todo. Não tem dinheiro no mundo que pague você dormir tranqüilo.

É uma coisa realmente macabra essa idéia dos jovens quererem mudar o mundo.  De fato eles, com exceções que geralmente não são invejáveis, ainda não conheceram o mundo ainda.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Letreiro do inferno


Por mim se vai das dores à morada,Por mim se vai ao padecer eterno,Por mim se vai à gente condenada.

Moveu Justiça o Autor meu sempiterno,
Formado fui por divina possança,
Sabedoria suma e amor supremo.

No existir, ser nenhum a mim se avança,
Não sendo eterno, e eu eterno perduro:
Deixai, o vós que entrais, toda a esperança!


Foi o letreiro que o Dante leu na entrada do Inferno.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Experiências de vida - Trabalho

Com 7 anos eu comecei a trabalhar com meu pai. Meu pai deveria me processar, pois eu não lhe dei outra opção. Eu me lembro que eu queria fazer aquilo. Como ele não deixava um dia eu roubei as ferramentas dele e fiz algum estrago. Aí ele desistiu de me segurar.

Com cerca de 16 anos eu comecei a freqüentar o autódromo de Interlagos.  Em algum tempo eu ajudei meu amigo Edu Harmel, que tinha um projeto de de site para divulgação do automobilismo. Que não deu muito certo, mas que me levou até o Ivo Sznelwar, que era na época produtor do programa Espaço Motor em São Paulo. Eu instalava câmeras on-board nos carros, arrastava tralhas, etc.

O programa Espaço Motor, que era comandado pelo João Mendes e chegou a ser o programa independente mais antigo no ar na TV brasileira perdeu seu espaço. Perdeu por um fato "famoso", um esquema de corrupção da bancada evangélica. O Espaço Motor perdeu seu espaço exatamente para um programa de Igreja, pago com dinheiro dos esquemas de corrupção. Nesse meio tempo eu ingressei na engenharia da FEI.

Foi então que o Ivo me introduziu o Jaime Gulinelli. Eu me lembro como foi  a entrevista. Você sabe fazer? Não.. E aquilo? Também não? Pelo menos isso você sabe, né? Também não sei. Mas tudo bem, você está contratado!

Foi trabalhando como Jaime que tive a melhor experiência de engenheiro na vida. Quando eu resolvi o problema de super-aquecimento do carro no "olho". Eu até me achei engenheiro na época, se tudo fosse tão fácil assim hoje eu estaria milionário ou pelo menos vivendo bem como o Luc de Ferran. Outra coisa bacana foi quando produzimos os tanques de abastecimento para as Mil Milhas Brasileiras, a primeira que fez parte do calendário da FIA em 2006. Nós produzimos as torres de abastecimento no padrão FIA para as equipes brasileiras. Não tivemos homologação, mas foi tecnicamente aceita.

Também foi quando mais aprendi de suspensão na vida. Eu me sinto até hoje muito mais um especialista em suspensão do que em motor... Mas para não desviar do assunto.

Por causa da minha experiência com o Jaime, eu consegui um estágio de engenharia na Darma, empresa de ventiladores e máquina de mineração no Largo do Socorro do seu Renato. Meu chefe era o Emmidio d'Andrea. Eu acabei fazendo mais coisas com sistemas de amostragem para máquinas de mineração. E graças a isso acabei visitando algumas minas em Minas Gerais. Minas de ferro foram os lugares mais bonitos e mais feios que já estive na face da terra. A mina de Brucutu, a maior do mundo, era um horror. E a de Gongo Soco era uma coisa linda. Gongo Soco foi uma vila inglesa de exploração ao ouro, mas a mais de 100 anos o ouro acabará. A vila inglesa permanecia lá em ruínas. A cidade também era a primeira cidade onde o Aleijadinho trabalhou, Barão de Cocais.

Bem, depois eu entre na MWM, o que é uma história a parte. A MWM foi muito mais que um trabalho, foi uma vida inteira! Mas uma história de trabalho da MWM ainda cabe aqui.

Minha experiência montando blindados militares na Turquia. Nós tínhamos que entregar 11 carros para polícia turca na sexta-feira. Sexta-feira que eu tive uma caganeira lascada e os blindados estavam na maioria crus, não dava para fazer muita coisa. Mudaram para segunda a data e sentamos a ripa, que no nosso caso era "fleshar" os 11 carros com a calibração correta e checar se tudo estava funcionando corretamente, um porção de sensores do veículo. Eu não estive numa guerra, mas se eu tenho idéia do que é guerra é essa experiência de trabalhar dentro de uma instalação militar sob pressão. Um dos motores apresentou vazamento de óleo, e aí me chamaram lá. Eu só pedi para ir buscar as ferramentas e o retentor que estavam em outro prédio. E acho que nunca fiz um trabalho de mecânico tão tranqüilo, parecia coisa de criança. Eu poderia ter gravado um vídeo pro Telecurso 2000, explicando o que eu estava fazendo, de tão claro e seguro que eu estava. Trabalhar na guerra é mais legal. E minha caganeira só me atacou uma vez no dia.

O turco que era "meu chefe" no blindado, era um cara fantástico. Yusuf era alcoólatra para os padrões turcos, ele bebia todo dia uma ou duas cervejas enquanto dirigia, e as garrafas ficavam batendo no chão do carro. Ele só esvaziava o carro quando encontrava um ponto de coleta para reciclagem. E me lembro dele chegar segunda-feira de manhã, dia da entrega, depois de ter se ferrado o final de semana todo rindo e cantando alguma música na cabeça. Um dia ainda vou contar o porque eu nunca vou me esquecer da felicidade do turco, mas ele tinha muitos motivos para estar bem bravo e mal humorado, mas estava lá rindo de si mesmo. Manter a serenidade enquanto medita num campo verde e tranqüilo é fácil. Mas é

Nesses 30 anos de idade eu já me diverti e tive oportunidade de fazer coisas muitos legais como trabalho!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Hangout Lobão e Danilo Gentili

O que importa é que estão avisando que vai dar merda. Se ninguém está entendendo é outro problema.

Sem contar que eu sinto que esse bate-papo tem tudo a ver com os trechos do "Mero Cristianismo" do C.S. Lewis que eu publiquei aqui http://cronocentrico.blogspot.hk/2014/09/lendo-um-pouco-de-cslewis.html

Lendo um pouco de C.S.Lewis

“Imagine, por exemplo, um país onde alguém fosse admirado por fugir do campo de batalha, ou se um homem se sentisse orgulhoso de ter traído as pessoas que mais lhe queriam bem. Faria tanto sentido como imaginar um país onde dois mais dois são cinco”.

Coitado do C.S. Lewis, que conheceu esse país só na imaginação. Hoje ninguém precisa mais imaginar, é só visitar o Brasil.

“…se não existe o certo e o errado -em outras palavras, se não há lei natural, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto?”

Ou seja, se não existe um certo e um errado não pode existir justiça. Veja só como isso é doentio, as pessoas ou instituições que mais clamam por justiça são exatamente as que menos discutem sobre o que é certo e errado. Elas são o certo e o outro o errado. 

Aí se esconde o pulo do gato. Para julgar o que é certo ou errado, o que é justo, primeiro se deve discutir o que é certo e o que errado. Essa é a discussão mais importante. Porém todo mundo já chegou a sua conclusão, e discutir isso é proibido.

“Repare o leitor que é somente para o mau comportamento que buscamos essas explicações: só sentimos necessidade de atribuir ao cansaço, às preocupações ou a fome os defeitos do nosso caráter; quanto às nossa qualidades, atribuímo-las sem mais a nós mesmos.”

Nessa vida social que nós levamos os defeitos são só da burguesia, da Igreja, do neoliberalismo, da escravidão, dos EEUU. E as qualidades, claro, são todas do socialismo.


“Não há um só de nossos instintos que não se transforme num demônio se fizermos dele um princípio absoluto. Você talvez pense que o amor genérico ao próximo, isso é o que chamam de ‘amor à humanidade’, é uma regra de conduta segura em todas as ocasiões, mas não o é. Se você deixar de lado a justiça, em breve estará rompendo acordos e falsificando evidências nos tribunais ‘em benefício da humanidade’, para tornar-se no final das contas apenas mais um indivíduo cruel e traiçoeiro.”


“…se a regra do comportamento significasse ‘aquilo que cada povo considera correto’, não faria sentido dizer que determinado povo acertou mais que outro, nem seria razoável dizer que o mundo pode progredir ou regredir em matéria de moral.”

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Aranha

-Uma torcedora gremista foi revelada pela ESPN chamando o goleiro negro do Santos de macaco.
-ESPN é aquela mesma, que incentivou a violência contra jornalistas da oposição.
-Olavo de Carvalho escreveu: Nenhum negro, gay ou índio foi mais discriminado neste país do que eu. E posso garantir: Não dói. Só se você for todo cheio de não-me-toques. Leve no bom-humor e seus discriminadores cairão no ridículo. Mas faça-se de vítima, e quem cai no ridículo é você.
-Ela perdeu o emprego, teve a casa apedrejada e incendiada.
-A menina pediu desculpas para o Aranha, que não aceitou.
-Agora os jogadores negros não são mais chamados de macaco, mas de aranha.
-Aranha foi vaiado pela torcida gremista no sul.

Se o Aranha tivesse seguido o conselho do Olavo de Carvalho tudo seria mais fácil.

O Olavo tem razão!

Procrastinação à brasileira

Lá pela época do ensino médio (eu fui uma das primeiras turmas a cursar isso, que antes era chamado de segundo grau e mais antigamente de ginásio) ouvia a ladainha que o problema do Brasil foi sua colonização.

Depois não só a colonização quanto a escravidão, a influência dos EEUU,  a ditadura militar.

A culpa da violência é da pobreza. E quando vemos que Índia, China ou Turquia, tão ou mais pobres que o Brasil, não tem tanta violência que tem no Brasil a culpa sobra para diversidade cultural, no excesso de fronteiras, etc. Ou então a culpa é que aqui não tem guerra, ou que aqui só tem 500 anos e os outros países demoraram milênios para serem forjados.

De fato, se existe uma visão negativa do Brasil no exterior, é pelo brasileiro colocar sempre a culpa do seu fracasso no outro. E essa visão negativa é o maior reflexo da realidade.

O que se faz na universidade brasileira? Se aprende tudo que eu aprendi no ensino médio. A culpa é da colonização, da escravidão, dos EEUU, do neo-liberalismo. Mas nem tudo é velho na universidade brasileira, também produzem coisas novas como a culpa da violência é o combate às drogas!

A universidade brasileira deveria produzir soluções, mas ela só produz culpados. Como um país tão recalcado pode se desenvolver? Só resta mesmo a procrastinação.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O preço da covardia

César não era ninguém muito importante quando foi seqüestrado por piratas. Ele disse que chamaria seu exército e os degolaria. Não se sabe como ao certo, mas César conseguiu seu exército e degolou os piratas. Não só esses mas muitos outros que infestavam o mar naquela época.

Como curiosidade, o fato dele degolar os piratas era visto na época como um ato humanitário, onde a preferência era matar com mortes doloridas. César era assim muito pragmático, apenas matava, sem objetivo de causar sofrimento.

Graças a isso, navegar se tornou seguro e o comércio disparou naquela época que é conhecida como uma das mais pacificas da história.

O crime não deve compensar. Isso é, as pessoas boas devem tornar a vida dos criminosos um inferno, para que o crime não compense evidentemente. Do contrário o crime compensará, ao menos a curto prazo. As pessoas boas devem ser mais assassinas e destemidas que as pessoas más. Não é o pacifismo que explica a diferença entre uma pessoa boa e uma pessoa má, mas sim a justiça.

Não por menos no último século nada mais promoveu guerras que o pacifismo. Foi o pacifismo que promoveu a segunda guerra, como previu Winston Churchill com a célebre frase: Entre a guerra e a desonra vocês escolheram a desonra, e por isso vão levar a guerra.

E agora a política pacifista de Obama que acaba de arrastar os EEUU para uma guerra contra o Estado Islâmico.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Conversando com a civilização

Conversa com um sueco, que mora a 12 na China e passou um tempo na Índia antes.

-A China é um local seguro.
-Concordo -disse o sueco. Eu já passei muitas noites na rua bêbado e nunca me roubaram nada.
-No Brasil não é assim, eu vejo as pessoas aqui na China no caixa eletrônico, elas contam dinheiro a vista e nada acontece.
-Mas cada saque são 2, 2500. No máximo dá para sacar uns ¥10000. Quem vai querer roubar isso?

¥2500 são um pouco menos de R$1000. Esse é o valor máximo da taxa de saque. Mas você pode sacar quantas vezes quiser no dia. Mal ele sabe que no Brasil são 1000 reais por dia, e nada mais!

-Oras, no Brasil eles roubam celulares à mão armada!

O sueco riu da minha cara.

-Você está brincando comigo?

-Não, falo sério. O Brasil é um país fechado, as pessoas consideram isso normal lá. Elas não sabem o que acontece no mundo de verdade.

-Aqui na China todo mundo tem um celular bacana. No Brasil não?


Eu disse que tem, mas tem que tomar cuidado. Ele conheceu 2 dos maiores e mais pobres países do mundo e não entender o que acontece no Brasil. Quando será que o brasileiro vai perceber que o que acontece no Brasil não é normal?

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ah, os conservadores!

Depois dessa mínima convivência aqui na China com os alemães eu pude reparar uma coisa. Na Europa o sentido de conservador é outro do que temos no Brasil. No Brasil ser conservador é muito mais cool.

A razão mais óbvia é por causa de Nelson Rodrigues. Os contos mais sujos de sexo com a cunhada foram escritos por um conservador. Tanto que nossa progressista presidanta adora citar O Reacionário. Mas eu reparei que vem muito antes disto.

Vem da época da escravidão. Ou da abolição da escravatura. Os conservadores sempre se posicionaram claramente contra a escravidão. A Companhia de Jesus foi banida da América Latina por sua posição contra a escravidão. E os progressistas sempre defenderam a escravidão. Até hoje não é difícil ver um progressista se lamentando, que a escravidão não foi corretamente abolida e que só gerou pobres e miseráveis. Oras pois, ser um homem livre nunca significou ser um homem socialmente incluso!

Mas vamos nos apegar aos fatos mais evidentes: Conservadores comem comida gordurosa, bebem, fumam, adoram armas de fogo, dirigem carros com ar-condicionado e com potência mais que suficiente. Ah, os progressistas vivem dizendo, não coma, não fuma, não beba, ande de bicicleta...

Para um conservador o problema da vida é entre ele e Deus. Para um progressista é entre oprimidos e opressores, esclarecidos e ignorantes. Automaticamente o progressista não se ve como oprimido e nem como ignorante.

Eu sei que não devo cobiçar a mulher do próximo. Mas o próximo não estava nem tão próximo assim... Ele estava a mais de 100 km de distância. E o coração dela estava a anos luz de distância. Em todo caso Senhor, tende piedade de mim, eu que sou pecador.

Resgatando

E-mail de 2007... Eu já pensava no assunto e nem me tocava:

Querido Edu,
Você parece mais crítico que o necessário... O que se quer dizer é que aquilo que queremos pra nós, normalmente o bem, devemos querer também para os outros, quer dizer, que não se tenha medidas diferentes para nós e os demais. Simples aplicação da caridade. Quando Jesus diz, por exemplo, que devemos amar aos nossos inimigos e até rezar por eles, não está nos pedindo algo impossível, mesmo isso, aparentemente uma impossibilidade como a que vc parece ver no capítulo do Lewis, quer dizer que é preciso aplicar a justiça mesmo com relação àqueles que nos fazem o mal e, no caso, em primeiro lugar, o que se quer dizer é que é preciso aprender a Misericórdia, com ela, podemos até mesmo praticar a caridade para com os inimigos (imagine, então, para com os demais). A sabedoria de Deus é loucura para os homens, mas, é preciso ir aos poucos, se aproximando Dela.
Amar aos inimigos parece ser o suprasumo da moral social, por aí você deduz o sentido de se desejar aos outros o que se quer prá si: o bem e a Misericórdia divina.
Suas reflexões sobre o texto são muito boas e espero que vc vá ficando com mais dicas e perguntas do que com dúvidas e críticas, pelo menos essa é a proposta do autor.
O que quiser aprofundar escreva, na medida do possível vou tentando ajudar, mas, com o seu perseverante estudo é que as coisas, aos poucos, vão ganhando um sentido.

Cuide-se e aproveite o carnaval para ler (nem acredito que estou dando este conselho, mas é um bom conselho!)
Abraço,
Henrie.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Censura para crianças

Censura é quando páginas são removidas, conforme os assinantes da revista The Economist receberam sua edição na China.


TAZ condenado por discriminação

O tablóide esquerdista alemão TAZ foi condenado a pagar o equivalente a 3 meses de salário para um ucraniano. O ucraniano acusou o tablóide por colocar um anuncio de emprego onde somente mulheres imigrantes poderiam ser contratadas. Isso vai contra a lei de igualdade, eliminando os homens e as mulheres sem histórico de migração.

O tablóide argumentou que tinha uma boa intenção, de aumentar a participação de mulheres na posição de liderança. A boa intenção não ajuda em nada, os homens não podem ser excluídos.

O TAZ declarou que não vai recorrer contra a sentença.

A lógica de Babulal Gaur

Babulal Gaur, ministro na Índia, afirmou que o estupro as vezes é correto.

Mas vendo a declaração dele, o que mais me chamou atenção foi o fato dele apontar que evitar todos os estupros é uma missão impossível. É a expansão da lógica que diz, se não é possível combater o tráfico de drogas então ele deve ser legalizado. Ou como o aborto não pode ser controlado, então devemos legalizar. Os estupros e os homicídios serão os próximos a serem legalizados por essa lógica?

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Die PARTEI

Hino do Partido na DDR, só a tradução da primeira estrofe é suficiente. Graças ao partido eles tinham o Sol e o vento! Seria uma boa ironia se não fosse sincero.


Die Partei hat immer Recht - O partido tem sempre razão
Sie hat uns alles gegeben - Ele nos deu tudo
Sonne und Wind und sie geizte nie - O Sol e o vento e ele nunca é mesquinho
Oh sie war, war das Leben - Ele foi, foi a vida
Was wir sind, sind wir durch sie - O que nós somos, somos graças a ele

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Danilo Gentili enfrenta o fanatismo

Danilo Gentili em entrevista ao Kim Kataguiri: Danilo já fez 1000 vezes mais piadas sobre cristão do que sobre qualquer outra coisa e nunca teve problema nenhum. A primeira piada sobre Cuba que ele fez, virou notícia na Folha onde lhe acusavam de ódio aos nordestinos.

Por aí a gente vê quem são os verdadeiros fanáticos doentes mentais.

Um pouco sobre a (in)utilidade das ciências

"Para a mentalidade média do nosso tempo a utilidade das ciências é determinada segundo as aplicações práticas: a física e a química, que nos forneceram a luz elétrica e os gases asfixiantes, são as ciências úteis; a história e a filosofia, que não nos fornecem nada, são ciências "inúteis". Apelo desta sentença para a sabedoria de certos homens práticos, que disso entendem muito bem. Certos regimes, ditos totalitários, acharam indispensável regular pela força o estudo das ciências, cujas conseqüências práticas poderiam abalar estes regimes. Ora, que vemos nós, com surpresa? Estes regimes não se ocupam, absolutamente, com as ciências "práticas", a física e a química, que continuam bem tranqüilas. Mas as ciências totalmente inúteis, a história, a filosofia, os estudos literários, são justamente as favoritas dos regimes totalitários, que as abraçam até sufocá-las. É digno de nota" Otto Maria Carpeaux. 

Com ajuda do meu amigo Eduardo Zanetti, concluímos:

É digno de nota que as ciências inúteis se ocupem hoje de costurar bocetas com dinheiro público e ainda sejam apontadas como desmanteladoras do sistema.

Choque cultural e a mudança

A última Páscoa passei numa igreja evangélica em Pequim. Lógico que foi uma imensa alegria festejar a Páscoa, testemunhando a ressurreição de Cristo em um lugar tão distante e tão carente de Deus. Cristo ressuscitou! Ele realmente ressuscitou!

O fato é que quando mostraram imagens do Cristo sendo açoitado, muitos chineses desabaram em lágrimas. Com certeza eles tem razão de chorarem, é algo para chorar mesmo. Mas eu conheço essa história desde que eu me conheço por gente, conheço de trás para frente. Não consigo me impressionar com ela.

Eu percebi que a reação dos chineses é a mesma reação que tenho diante da cultura alemã. Isso prova só uma coisa: É sempre muito mais fácil mudar de cultura do que manter a própria cultura viva.

Identidade e violência

A postagem desapareceu do Facebook, mas alguém o questionou o professor Luiz Gonzaga de Carvalho sobre a violência na Índia, se tinha relação com o hinduísmo.

A resposta dele foi a seguinte:

1 - Nesses países existe uma maior identidade religiosa, e os loucos matam e dizem que foi em nome de Deus.
2 - O número de assassinatos e mortes violentas no Brasil é maior que nesses países, mas no Brasil não existe tão profunda identidade religiosa, as pessoas matam por causa do espírito da avó, do Cebolinha, do Exu... Eu acrescentaria, matam contra o sistema, a burguesia.

Eu entrei com a pergunta sobre existe relação sobre a identidade nacional e a violência, porque o brasileiro não reconhece outro brasileiro com uma relação de irmandade como vi na Turquia e na China. Ele confirmou que a identidade cultural e religiosas nesses países é inconcebível para um brasileiro. Mas no fundo o que contava mais era o medo do julgamento de Deus, por isso eles não saem matando os outros assim.

Talvez eu deveria ter colocado identidade cultural no identidade nacional. Mas tudo bem, é realmente algo inconcebível. Tanto que me impressionou. Posso dizer, na Alemanha isso não é tão impressionante pois as pessoas tem mais o que fazer, elas vão cuidar dos jardins, dirigir na Autobahn, cuidar dos cachorros, fazer acampamentos (um acampamento Alemão é uma da coisas mais interessantes que já vi na vida, se destruírem a Alemanha num bombardeiro, com as habilidades do alemão em construir um acampamento não haveria mais desabrigado em 5 dias)... E não sobra tempo para o alemão ficar se preocupando em matar o outro. Na Turquia eles tem esse tempo, para ficar destilando ódio contra Israel, ou se você fala a palavra Constantinopla e um turco ouve você entende o sentido da palavra inimigo. Mas um turco jamais mataria um turco sem um bom motivo, pois enxerga o outro como um "irmão". Essa foi minha impressão. Eu prometo que vou prestar mais atenção, para tentar entender se a baixa taxa de violência desses países é por causa do medo do julgamento de Deus ou por reconhecerem nos seus vizinhos uma identidade nacional/cultural.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sugestão para resolver o problema educacional brasileiro.

Vendo as imagens do ocorrido em Ribeirão Preto, onde a polícia matou um bandido que estava fugindo em um carro roubado e a população se revoltou. A TV pública deveria passar todo dia cerca de 30 minutos das imagens educacionais abaixo:


domingo, 11 de maio de 2014

China

Mais 1,5 mês na China e mais algumas observações.

Ainda continuo afirmando que a maior vantagem de morar num país comunista é que não há luta de classes. Não que não haja classes, muito pelo contrário! Elas existem e são muito bem divididas. O que não existe é propaganda fomentando a luta de classes. Assim pobres e ricos vivem juntos sem problema, sem violência. Todos trabalhando pela China.

A segunda coisa é que o feminismo não fodeu as mulheres chinesas. Elas ainda sabem o que querem, e então ainda existe a unidade da família. Se existe família existe respeito.

O governo chinês comete abusos, no sentido que a lei só se aplica quando alguém quiser e da maneira que quiserem. Isso é, se alguém não for com a sua cara você está fodido... Mas isso não acontece no Brasil?


  • Quando expulsaram os arrozeiros da Raposa Serra do Sol sem mandato da justiça?
  • Quando calaram a Rachel Sheherazade ameaçando corte de verbas?
  • Quando mudaram o presidente da Vale e colocaram quem o governo queria?
  • Quando uma pessoa depois de 30 anos profissão se tornou irregular pois o governo passou a não reconhecer mais a profissão como autônomo?


Então não dá para falar que estamos numa condição melhor que da China. Se o governo olhar para sua cara e não gostar dela você está perdido, se o governo gostar então você está bem ainda que seja um criminoso. Assim traficantes de cocaína e craque vivem soltos por aí infestando todas as cidades, espelhando a violência e a criminalidade. Mas como o governo vai com a cara deles (imbecilizam o o povo e deixam dependentes do governo) então ninguém está nem aí.

Pois é, ainda é melhor viver num país comunista e conservador do que numa democracia falsa e progressista.



5 segundos de ira

As únicas coisas que você pode fazer com segurança, apoio e proteção no Brasil é dar o cu, fumar maconha e cheirar cocaína. Essas coisas são muito humanas e devem ser respeitadas. Para ir trabalhar o povo é seqüestrado, toma tiro e facada... Mas trabalhar é desumano e o trabalhador não merece proteção nenhuma.

domingo, 19 de janeiro de 2014

O imaginário popular

Outro assunto que é trazido ao debate público pelo Olavo de Carvalho e seus seguidores é sobre a formação do imaginário.

Uma pessoa não pode ser aquilo que ela não imagina existir, e a literatura seria a principal fonte formadora desta imaginação.

Além de conviver na infância com minha bisavó, nascida em 1907, e ela nos contar da época que os homens honravam a barba na cara, posso testemunhar um fato importante:

Eu ler a conversão de Santo Agostinho quando jovem, num livro jogado na casa de um tio. Por causa desse livro entrou na minha imaginação:

-400 anos era tempo suficiente para alguém considerar o cristianismo velho e ultrapassado. Meus contemporâneos se abestalham por chegar a essa conclusão em 2000 anos;
-A partir do momento que encontrasse alguma verdade na Bíblia a conversão seria inevitável.

Outro ponto importante foi ler sobre a Renascença. Sonhava que hoje em dia todos éramos uma réplica de Leonardo d'Vinci, com desejo imenso de conhecimento. Foi a maior decepção quando descobri que era mentira. O homem moderno caga e anda para o conhecimento.

É por isso que os governos tirânicos controlam a produção cultural. Impor um imaginário reduzido é uma forma de escravizar. É necessário também assegurar isso, com a educação pública garantida pelo estado.

Estou lendo agora "O Senhor do Mundo", escrito pelo anglicano convertido à igreja católica Robert Hugh Benson. Uma distopia escrita em 1914 sobre o futuro do mundo no comunismo. Ler este livro é praticamente como ler o noticiário de hoje, tirando que foi a Rússia que sofreu um golpe comunista em 1917 e não a Inglaterra, que a China não derrotou a Rússia e que os telégrafos deixaram de existir a bastante tempo é assustador o nível de acerto. Eles precisariam destruir e criminalizar a igreja Católica. A psicologia e o humanismo explicariam tudo, e só os ignorantes ainda manteriam a fé...

Abtreibung Aufklärung

Preparando um material em alemão para explicar como a opinião pública brasileira é maciçamente contrária ao aborto. E apesar disso partidos políticos e mídia defendem esse procedimento com a maior naturalidade

Brasilien lehnt die Abtreibung ab. Seit 1993 steigt die Ablehnung von Abtreibung. Trotzdem bleiben die Medien und Parteien immer treu in ihre Zweck: Abtreibung ohne Restriktion zu schaffen. Wieso?

Datafolha Umfrage

60er Jahren des vergangenes Jahrhunderts war Brasilien unter linken-extremisten Druck. Die Konterrevolution bracht Militär-Regierung und brasilianische Grenzen waren zu für fremde Debatte.

In Vereinigten Staaten und Europa entlarvte die Diskussion über Abtreibung. Das ging entweder um Frauenrechte oder Armut-Verminderung. 80er Jahre waren Übergangszeit zur Demokratie in Brasilien. Die Abtreibung-Frage kam eigentlich in 90er. Datafolha Umfrage zahlte damals 55% gegen Abtreibung.

...

"Wer Abtreibung unterstütz, versucht die Frauen zu betrugen. Sie sagen: Alles, was in ihr Leib ist, gehört zu ihr. Sie können mit ihr Leib machen, was sie wollen. Das heißt, der Fötus nur ein Teil von ihr ist."
...

"Fötus gehört nicht nur zur Frauen, sondern auch zum Mann. Fötus ist nicht nur Eizelle sondern auch Sperma."
...

Das ist eine kleine Übersetzung von Olavo de Carvalho. Wir können noch akzeptieren, während Schwangerschaft der ganze Fötus zur Frauen gehört. Der Mann gibt sein Sperma zu ihr. In diesen bestimmten Zeitabschnitt der Fötus nur zur Frauen gehört. Das heißt doch, wenn der Fötus zur Welt kommen wird, gehört er nicht mehr zur Frauen, sondern zur Welt. Wir dürfen die Frau beurteilen, weil sie ein gestorbene Fötus zur Welt gebracht hat.

Wenn es um Leben und Tod geht, dürfen wir uns nicht lassen, nur einen bestimmten Zeitabschnitt aufnehmen und beurteilen. Ich höre es sehr oft, dass ein Fötus kein Bewusstsein hat.  Wenn es Grund genug wäre, könnten wir ein Mensch in Komma sterben lassen, weil er kein Bewusstsein in diesen Zeitabschnitt hat.





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Conceito de pobreza e o sentido das palavras

Pensando ainda sobre a guerra pela "Justiça Social" que o Obama acabar de declarar, eu percebi como conceitos tão amplos e subjetivos como da pobreza são aceitos como definições inquestionáveis. Como se uma maçã chamada pobreza houvesse caído na cabeça de um gênio e ele tivesse em algum lugar da história descrito ela tão precisamente que nós pudéssemos a reconhecer e a combater simplesmente com um olhar e "vontade política".

Quando um dia desses eu me deparei com um artigo no Spiegel sobre a pobreza na infância do Wirtschafts- und Sozialwissenschaftlichen Institut (WSI), que estuda o que é pobreza e desigualdade a mais de 60 anos.

Fazem 60 anos que estudam e para saber o que é pobreza. Ainda que eu tenha discutido aqui a essência da pobreza, não me passou pela cabeça relacionar a essência com o uso da palavra. Talvez por isso eu esteja tão incomodado.

Só para dar um exemplo da manipulação do uso das palavras, quer coisa mais mágica que o significado da expressão "classe média"? Por um lado a Dilma e o governo petista se orgulham de ter retirado milhões da pobreza, seja lá o que isso signifique, e elevado à classe média. Por outro lado não são poucos os ataques à classe média, acusada de todo mal da sociedade brasileira. O que podemos concluir? O PT destruiu o Brasil por expandir a classe média? E o maior exemplo disso seria o Maranhão? Tô entendendo agora!

Obviamente eles não se preocupam com o sentido das palavras, só com a emoção que elas geram. E as emoções dependem única e exclusivamente do contexto. A consciência não apreende uma unidade. Como diria Dostoievski: se não existe uma unidade então tudo é permitido. Se tudo é permitido então é permitido manipular pessoas, e nada melhor do que fazer isso do que fazer elas acreditarem que tem consciência e sabedoria enquanto não tem.

Vejam só, a própria idéia que "a verdade não tem dono" é tristemente manipulada. "Eu tenho a minha e você tem a sua". Se eu tenho uma e você tem outra, então nós podemos comprar, vender ou trocar de idéias. Se a verdade não tem dono, significa que qualquer filho da puta pode descobrir uma verdade. Como eu me encaixo no perfil, vou tentando.

Que a pobreza seja definida como falta de dinheiro ou bens materiais em países desenvolvidos me parece razoável. Onde a liberdade está garantida, o acesso a bens materiais é a única restrição. Quando a liberdade está restrita, a pobreza deveria ser medida a partir das restrições, que significam mais do que o acesso momentâneo ao dinheiro.

domingo, 12 de janeiro de 2014

A alienação

Acabei de assistir uma entrevista com o Roger Scruton recomendada pelo Rodrigo Constantino.

O que me chamou a atenção é ele utilizar a palavra em alemão para falar de alienação: Entfremdung. Não é a primeira nem a última vez que o alemão nos fornecerá palavras que tornam fáceis conceitos difíceis. Wahrnehmung em português se chama cognição.  Que é a capacidade de tomar como realidade o que nossos sentidos capitam. Dá até para usar como um verbo: Ich nehme das wahr. Eu tomo isso como real. Selbsverständlich! Eu lia a palavra cognição e me sentia distante de um entendimento.

Entfremdung é auto-evidente. Se alienar significa então se tornar estranho. No Brasil, onde ser estranho é quase obrigatório, é bem difícil de perceber isso.

Como por exemplo, como um país de maioria conservadora não existe um único partido conservador? A direita se chama aqui social-democracia, que em países civilizados é conhecida como a esquerda aceitável.

Lá pelos meus 20 poucos, não acreditava em Deus, não acreditava no socialismo/comunismo. Mas acreditava que o mundo deveria ser socialmente construído. Postas algumas leis e alguma liberdade, a sociedade se desenvolveria a partir dessas coisas. A esquerda havia roubado a idéia do construtivismo social e a corrompido. Era meu dever retomar o construtivismo social para o lado dos bons e executar essa idéia de modo sério, longe do pupulismo da esquerda.

Foi então na faculdade de engenharia  que tive acesso a aulas de filosofia básica, moral e religião. Foi lá então que conheci C.S. Lewis, G.K. Chesterton, Gustavo Corção e Olavo de Carvalho. Foi então que tive contato direto e sem filtros com pensamento conservador. Demorou mais de 20 anos para isso acontecer, para me ver fora de uma trama alienada e alienante.

Pobre é quem discute a existência de Deus como discute com uma criança de 7 anos. A discussão pública sobre a existência de Deus termina com tudo que aprendemos até essa idade. Se ignora o fato que a própria possibilidade de existir liberdade no mundo se passa pela existência de Deus. Deus na tradição monoteísta é a própria promessa de se livrar da escravidão.

E o debate sobre a moral? Consegue passar ainda mais longe. A moral está para natureza humana como a gravidade está para a natureza física. Não há como escapar da moral, moral é simplesmente o fato de atacarmos aquilo que achamos errado e defendermos o que achamos certo. Aproveitando mais uma fala do Roger Scruton, toda idéia séria é realmente perigosa. A moral no debate público significa um pacote de valores impostos à sociedade. A exposição da moral desta maneira atiça nossa moral, a tal estrutura da natureza humana, contra a própria palavra moral. É como acusar a força da gravidade de derrubar uma casa, e por isso banir o estudo das leis da física em toda sociedade. Estudamos a força da gravidade para fazer prédios que não caiam, pra nos tornarmos livres dos piores efeitos da gravidade. Se não estudarmos o que é moral nos tornamos reféns da moral, por exemplo: Fumar é ruim, então odiamos os fumantes. Realizar irrestritamente todos os desejos sexuais é bom, então amamos os homossexuais, que formalizam essa capacidade. Refrear o desejo sexual? Isso entra no domínio da moral, e por isso odiamos.  E provavelmente são homofóbicos.

Enquanto a moral não se torne consciente, através do estudo e educação, ela será a principal ferramenta de alienação. Pois a moral é forte e certa como a gravidade. A falta de consciência da moral faz a população acatar com amor e ódio as vontades do partido ou de instituições financiadas por milionários.

As forças mais evidentes da natureza

Meus amigos filósofos vão torcer o nariz por eu comparar a Lei da Gravitação de Newton com a Lei Moral. Eles tem a completa razão, pois a vontade de Newton era transformar as leis da física como tratado de filosofia. Sabemos que as leis da física Newtoniana são apenas uma aproximação e não correspondem completamente a realidade, contém declaradamente um erro. Filosoficamente a física Newtoniana é inaceitável. Mas eu sou um engenheiro, para mim dois mais dois são aproximadamente quatro, mas por segurança eu adoto cinco, ou se a idéia for economizar eu arrisco até um três. Um engenheiro vive do erro de cálculo, na fenda entre a "ideologia" física e a realidade. Exatamente como um verdadeiro filósofo, que vive na fenda entre o mundo das idéias e a realidade. Tentamos conectar a realidade ao outro lado, no caso dos engenheiros a física e no caso dos filósofos a metafísica. Quando encontramos Newton o ponto de contato é diferente. Assim, se me permitem, falo de Newton como engenheiro e aceito que como filósofo ele é um enganador.

Mas o fato é que começar pela moral ou pela força da gravidade significa não começar nem pelo começo nem pelo fim. É começar pelo meio, o centro de nossa atenção. A força da gravidade é evidente, pois as coisas caem "sozinhas" em direção ao chão. Para qualquer outro movimento precisamos de uma força, um esforço. Tão evidente quanto nós gostamos de estar certos, de coisas bonitas e justas. Assim como detestamos o erro (muito embora o aceitamos na física Newtoniana), o feio e a injustiça. Não quero discutir aqui sobre o que é certo, belo e justo, mas sim que TODOS tem a necessidade de encontrar e defender essas três coisas. O que há por trás da força da gravidade é uma coisa que a ciência nunca chegou a uma conclusão. Mas o que há por trás da força Moral?

Antes de responder, ninguém toma a força da gravidade como causa. Sabemos que ela é efeito de alguma coisa, não sabemos ao certo o que está por trás da atração de massas. A força da lei Moral também não pode ser causa, mas efeito de alguma coisa. Essa coisa é que colocamos o nome de Deus. Por milhares de anos, diversas civilizações espalhadas chegaram a conclusão que de uma forma ou de outra Deus existe.  Percebem como é ridícula a afirmação que o homem criou Deus? Não O criou, mas O encontrou no fundo da própria alma. Também não cabe aqui discutir qual Deus é correto, mas que de alguma forma Ele existe e nós dependemos Dele.

O ateísmo, as ideologias que preconizam a criação da realidade a partir das idéias, não passam de Entfremdungen. Alienações que tornam o homem estranho ao próprio homem.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Obama e a luta pela Justiça Social

Agora é oficial. Obama acaba de lançar que a luta agora é pela justiça social. Evocando o presidente Lyndon B. Johnson. Segue:

President Lyndon B. Johnson announced a "war on poverty" in America in his State of the Union address on January 8, 1964. "This administration today, here and now, declares unconditional war on poverty in America," he said. "It will not be a short or easy struggle, no single weapon or strategy will suffice, but we shall not rest until that war is won. The richest nation on Earth can afford to win it. We cannot afford to lose it." The aim of the war, he said would be to "cure" and "prevent" poverty.
...
The war on poverty helped raise millions above the poverty line. During Johnson's years in office, the poverty rate dropped from 23 percent to 12 percent.

Cada vez mais esses número de pobreza me impressionam pela inutilidade. Servem basicamente para um presidente inexpressivo ser lembrado e nada mais. Sinal de que não passam de valores manipuláveis e por isso manipulados.

Não há exemplo no mundo que a luta pela justiça social não tenha feito só pessoas perderem suas cabeças. Lutar "pela justiça social" é como apagar o fogo pela chama. Talvez ele até apague, mas você não colaborou em nada para isso. A luta tem que ser pelo conhecimento, pela justiça e pela liberdade. São essas três coisas que asseguram a qualquer um o poder e a possibilidade de agir para sua sobrevivência e sustento. Isso define muito melhor o que é pobreza absoluta do ter ou não ter algum dinheiro e propriedades. Um exemplo: Quando vemos no jornal um posto de saúde lá no meio do mato cheio de infiltração. O que é de se lamentar não é tanto a falta de atenção do governo, mas sim a incapacidade das pessoas se mexerem e agirem por si mesmas. Meu pai sempre arrumou o telhado de casa. Não é coisa de outro mundo. Fico imaginando as pessoas que trabalham no posto olhando a infiltração destruindo o prédio dia após dia, enquanto lamentam que o governo não faz nada! Já está no DNA do brasileiro que o governo deve ser responsável por tudo.

Quem não assistiu Gran Torino, a cena em que o velho rabugento sr. Kowalski dá uma caixa de ferramentas e uma lata de WD-40 para o menino Thao e fala, isso é o mínimo que você precisa para ser um homem? O Brasil precisa de mais senhores Kowalskis e menos governo. O que significa a luta por justiça social do Obama do que mais governo e menos senhores Kowalskis?

No final das contas a "justiça social" significa trocar a educação, liberdade e justiça por algum dinheiro. Afinal de contas, se você tem algum dinheiro para que vai se preocupar com essas coisas complicadas?