quarta-feira, 4 de junho de 2014

Um pouco sobre a (in)utilidade das ciências

"Para a mentalidade média do nosso tempo a utilidade das ciências é determinada segundo as aplicações práticas: a física e a química, que nos forneceram a luz elétrica e os gases asfixiantes, são as ciências úteis; a história e a filosofia, que não nos fornecem nada, são ciências "inúteis". Apelo desta sentença para a sabedoria de certos homens práticos, que disso entendem muito bem. Certos regimes, ditos totalitários, acharam indispensável regular pela força o estudo das ciências, cujas conseqüências práticas poderiam abalar estes regimes. Ora, que vemos nós, com surpresa? Estes regimes não se ocupam, absolutamente, com as ciências "práticas", a física e a química, que continuam bem tranqüilas. Mas as ciências totalmente inúteis, a história, a filosofia, os estudos literários, são justamente as favoritas dos regimes totalitários, que as abraçam até sufocá-las. É digno de nota" Otto Maria Carpeaux. 

Com ajuda do meu amigo Eduardo Zanetti, concluímos:

É digno de nota que as ciências inúteis se ocupem hoje de costurar bocetas com dinheiro público e ainda sejam apontadas como desmanteladoras do sistema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário