quarta-feira, 20 de março de 2013

Portugal

Jahrelang hielte ich Portugal für Versager. Wahrscheinlich halten die ganze Welt Portugal für Versager.

Sie waren sehr reich, sie waren reicher als England, hatte noch mehr Macht. Das ist schon lang vorbei.

Ich muss es sagen. Portugal ist kein Versager, sondern wahrscheinlich das erfolgreichste Land der Welt. Sie haben Álvaro Campos und das ist genug.

Lisbon Revisited
Alvaro Campos (Fernando Pessoa)

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!


Wollen sie mir verheiratet, vergeblich, täglich und steuerbar?
Wollen sie mir das Gegenteil davon, das Gegenteil von irgendwas?
Wenn ich anderer Mann wäre, würde ich die Willen von allen erfüllen!
Wie ich bin, gib mir Geduld!
Geh zum Teufel ohne mich,
Oder lass mich allein zum Teufel gehen!
Warum sollen wir zusammengehen?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço.
Quero ser sozinho
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Nimm mich nicht am Arm!
Das mag ich nicht.
Ich will allein sein.
Ich sagte schon, dass ich allein bin!
Äh, was für langweilige Leute, die mich als Begleiter wollen!

Ó céu azul ­ o mesmo da minha infância­,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!

Der blaue Himmel meiner Kindheit,
Ewige Wahrheit, leer und perfekt!
Uralter und stiller Tagus,
Kleine Wahrheit, die den Himmel spiegelt!

Sehr schlechte Übersetzung von mir.

domingo, 17 de março de 2013

O ódio revolucionário e o amor de Deus.

Eu odiava Irã, afinal é uma nação terrorista que vive ameaçando o mundo. Podem procurar aí para baixo, quantas vezes citei o Irã com ódio. Me envergonho disso e peço perdão. Em um intercâmbio na Alemanha conheci iranianos e que foram certamente meus melhores amigos. Percebi que o que odeio mesmo é o governo autodenominado islâmico do Irã. Acho que foi o G.K. Chesterton que escreveu que se ao mesmo tempo um alemão e ele disparassem um tiro e ambos acertassem, ele entraria no céu abraçando e contando piadas para seu algoz, pois não nutria um pingo de ódio contra ele. Eu juro que não entendia isso até conhecer iranianos e perceber que eu não os odeio.

Voltando para primeira guerra, vejam esta foto de ingleses e alemães comemorando o Natal juntos. A primeira coisa que entendo é: Eles eram mais cristãos do que podemos imaginar. E certamente matar no dia de Natal era algo inimaginável. Até a década de 40 o pensamento cristão era quase hegemônico no mundo ocidental. E isso foi abandonado nos próximos anos. A segunda parte é, eles não se odiavam pois estavam lá na guerra para cumprir seus deveres civis.




De certa forma eles sabiam para quem estavam trabalhando, para seus governos e isso não envolvia nenhuma questão pessoal. Hoje em dia as pessoas não tem a menor idéia para quem trabalham, elas acreditam que são livres por não seguir a Igreja, eles são livres por externar seu ódio. Entendo que isso é um princípio revolucionário. Aliás, a coisa que eu tinha em comum com os iranianos era que nós não gostávamos de revolução. Eles tem um dos piores exemplos possíveis do que a revolução pode fazer. Eles sabem que o ódio revolucionário não é um caminho de libertação. É mais um caminho da escravidão.

Acabo concluindo isso: Quando, por exemplo, o pastor Silas Malafaia diz que é contra o casamento gay mas ama os mesmos, a maioria das pessoas hoje não consegue imaginar que o pastor está sendo sincero. Se eles estão de lados opostos devem obrigatoriamente se odiar e serem inimigos. Coisa que os soldados ingleses e alemães conseguiam separar muito bem é impossível para a mentalidade de nosso tempo.

E posso entender também que o ódio revolucionário é o que criou o terrorismo. Se era impensável matar alguém em um dia santo, hoje datas e locais pacíficos são as melhores oportunidades para matar. O ódio é pessoal, novamente pois ninguém sabe para quem está trabalhando, eles acreditam estar trabalhando por si mesmos. Mas é muito difícil explicar isso. Se eu disser que esses homens de fardas e fuzis na mão são melhores que a gente, será mais fácil enxergar nessa foto porcos capitalistas misturados a nazistas. Eles eram pessoas livres não por seguir o ódio dito libertador. Eles eram livres por amar Deus acima de todas as outras coisas.

Ainda sobre o próximo

O "próximo" em português tem duplo sentido. Pois dá uma idéia de seqüência numérica e uma uma idéia de proximidade física.

Na tradução em inglês está como neighbor. O que eliminaria a idéia de seqüência numérica... Mas em alemão é der Nächste. A pronuncia é semelhante ao inglês next.  E neighbor em alemão é Nachbar. Ou seja, na tradução em alemão o duplo sentido foi preservado.

Isso caí hoje em dia como um enigma. Amar o próximo significa também amar os que não nasceram. Que já são julgados por infelizes e desgraçados pelos vivos que defendem o aborto.

Eu fiquei muito feliz pela escolha do novo Papa, que veio da ordem dos jesuítas. Como estudei em uma escola jesuíta, nasci e vivo em uma cidade fundada por jesuítas, pela minha falta de modéstia eu me sinto meio jesuíta... São verdadeiros heróis, que atravessaram os mares, fundaram escolas e levaram a verdade. E todo conhecimento verdadeiro nos leva a Deus. Está lá no meu discurso em homenagem aos mestres da FEI:

Agradecemos, antes de tudo, aos mestres que hoje compõe o espírito invisível de nossa educação. Ao Santo Inácio de Loyola, por sua obediência as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ide e ensinai a todos, e aos 475 anos que os jesuítas se dedicam a isso. E, entre os jesuítas, lembramos especialmente de um, Padre Sabóia de Medeiros, fundador da FEI.

Se o mundo parecia sem rumo, vi agora uma boa notícia. Prometo que vou voltar a escrever mais...

sexta-feira, 1 de março de 2013

A cortina de fumaça

A questão do aborto levantou a poeira, mas é necessário comentar os detalhes que podem passar de forma irrelevante.

É uma das diretrizes do PT aprovar o aborto. Muito embora se venda a idéia como um direito humano, eu também acho que seria muito humano comigo se deixassem eu matar todos os que eu detesto, todos que me incomodam, que me irritam. Isso transformaria o mundo um lugar humanamente habitável, muito mais legal, ao menos para mim.

Mas o mundo é cruel. Nós temos que respeitar o próximo.

(estava no rascunho, não me lembro quando escrevi, mas gostei...)