segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma lição sobre acordos de paz e o Egito

Entrei em um desses chats do Facebook para praticar o inglês. Uma coisa que eu não via desde a época do Napster, que tinha salas de bate papo com pessoas do mundo inteiro.

Encontrei uma menina, a Fadwa do Cairo. Olhando em sua página no FB achei uma foto do ex-presidente Anwar Al Sadat.

Anwar foi um verdadeiro herói por selar um pacto de paz com Israel, o que lhe rendeu o prêmio Nobel da Paz em 1978 juntamente com o primeiro ministro israelense Menachen Begin.

Eu me recordo de memória do livro da senhora Sadat: Enquanto Anwar atravessava as rua de Jerusalém, as pessoas festejavam e as mulheres erguiam seus filhos pequenos. Elas o agradeciam, aquele ato salvaria os seus filhos.

Um acordo de paz não acontece entre um derrotado e um vitorioso, entre um certo e outro errado. Acordos de Paz são fechados para que os filhos de uma nação sejam salvos. Não existe acordo de Paz possível com países que defendem seus suicidas e terroristas, pois eles não se preocupam nem mesmo com os próprios filhos. Assim como Anwar se preocupava, e por isso ele foi odiado.

Eu perguntei para Fadwa o que chava da revolução árabe. E ela me disse que é um falsa revolução, os inimigos do Egito tomaram o poder. A irmandade muçulmana (Ikwaan) foi responsável pela morte de Anwar Al Sadat, ainda que se tente encobrir isso. Agora o Irã quer dominar a religião no Egito e tornar o país um estado iraniano, enquanto o Catar quer comprar os seus monumentos históricos. O Ikwaan está lá para ajudar no desmanche do Egito.

A verdade é que governos nunca são representantes legítimos do povo. Governos agem sempre em causa própria. Nós aqui debaixo não passamos de massa de manobra, executando o ódio e as ambições de cada governo. Por isso quanto mais politizado você tenta ser, maior a chance de se tornar um imbecil.

Para completar o final de semana assisti Gran Torino. Walt Kowalski observou que ele tinha mais laços com os H'mong do que com sua própria família. Exatamente como eu me senti, vendo mais coisas em comum com uma mulher islâmica de lenço na cabeça do que com a maioria das pessoas ao meu redor. Ela disse que eu tinha a mente aberta, poucas vezes eu me senti tão bem por ser elogiado.

As pessoas religiosas são mais livres que as pessoas políticas. As pessoas passam a acreditar em Deus quando deixam de acreditar em qualquer porcaria, já dizia Chesterton.

3 comentários:

  1. Gran Torino é um dos pouquíssimos filmes capazes de fazer-me chorar...

    ResponderExcluir
  2. Realmente o filme é excepcional! Engraçado que conheço um monte de cinéfilos que nunca assistiu esse filme. Eu que não faço questão de ver filme nenhum sempre tive vontade de assistir. Valeu a pena!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Excepcional e segundo consta o maior sucesso comercial da carreira de Eastwood, mas não fez sucesso de crítica nem foi indicado a nenhum Oscar - e a música-tema, um dueto com a voz rouca e desafinada do próprio Eastwood, também é emocionanate. É é divertido tambem; vendo-o com as legendas em inglês dá pra se divertir a valer aprendendo todos os palavrões e gírias racistas existentes no idioma... :)

      Excluir