quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Por que estudar filosofia? Parte II

Vimos que após as guerras Médicas os gregos tinham paz e passaram a controlar o comércio no mundo conhecido. Especialmente graças a sua imensa frota naval construída, a princípio, com fins militares.

Até as guerras Médicas a vida de todo grego era voltada para a guerra. A preparação física para a batalha era realizada num ginásio, e essa era a mais importante forma de educação.

Além da ginástica militar, os gregos costumavam entregar o filho aos cuidados de um escravo (pedagogo é escravo em grego). Aprendiam geralmente música e dialética, a arte de falar bem, mas nada de muito especial. Eram poucos os que sabiam ler e escrever.

Após a vitória sobre os Persas já não havia mais um motivo evidente para continuar com a educação militar. Não havia motivo mas os espartanos mantiveram a educação militar, enquanto em Atenas houve a grande reforma de Péricles. Floresce então a democracia, que passa a ser o centro da vida em Atenas.

Na democracia ateniense, todos os cidadãos (ou toda pólis) tinham direito a voto. Ser cidadão excluía então escravos e mulheres. Eram cerca de 400 cidadãos em Atenas, que se reuniam para fazer e executar suas leis. Era assim legislativa e judiciária a democracia ateniense.

Então todo cidadão tinha direito de expor suas idéias para serem votadas por todos os outros cidadãos. Logo se viu que um sujeito com uma maior capacidade de expor suas idéias controlaria Atenas.

Assim a educação perdeu a orientação militar, e passou a servir de base para a realização da democracia.

Como passou a ser essa educação é assunto para o próximo capítulo.

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